São Paulo, domingo, 5 de março de 1995
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Burocracia da UE cria babel em Bruxelas

ANDRÉ FONTENELLE
DE PARIS

Se você é tradutor finlandês—grego e nasceu em um país da União Européia, dirija-se a Bruxelas. Pode haver um emprego à sua espera na capital belga, onde fica a sede da UE.
A adesão de Áustria, Finlândia e Suécia à UE agravou o processo de "babelização" das instituições comunitárias.
O caderno de encargos prevê que todos os documentos oficiais devam ser impressos nas 11 línguas oficiais da União.
Além disso, os deputados europeus ou membros de um governo têm o direito de discursar na própria língua.
Resultado: gasta-se dinheiro e faltam tradutores. A questão é motivo de críticas à burocracia e aos altos custos de manutenção da estrutura da União Européia.
Imagina-se o que pode acontecer com a entrada dos países do antigo bloco comunista.
Mas o problema poderia ser ainda pior.
Segundo o Serviço para Línguas Menos Difundidas, um dos órgãos da UE, falam-se pelo menos 30 outras línguas nos 15 países da União Européia.
A lista vai do escocês ao macedônio, passando pelo galego, na Espanha, e o pomaque, dialeto falado na fronteira entre a Grécia e a Bulgária.
(AFt)

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