São Paulo, quinta-feira, 9 de março de 1995
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Seminário examina os gastos com viagens

Phoenix sediou discussão sobre indústria do turismo

CARLOS ALBERTO SARDENBERG
DO ENVIADO ESPECIAL AO ARIZONA (EUA)

Os gastos com viagens de negócios e turismo em todo o mundo chegaram a US$ 2,4 trilhões em 1994. Esse faturamento representou 6% da produção econômica mundial e indicou claramente o fim da recessão que atingiu o setor de 91 a 93. A perspectiva agora é de crescimento.
Como isso se dará e em qual direção? Este foi o tema de um seminário promovido em Phoenix pela American Express.
Os gastos com viagem e turismo incluem desde passagens aéreas, hotéis e compra de suvenires até construção de aeroportos. Mas o que interessa especialmente à American Express são os gastos com viagens de negócios.
Em 1994, esses gastos chegaram a US$ 401 bilhões, mais do que o dobro do registrado dez anos atrás. É um dos mais claros sinais da globalização da economia.
As companhias americanas são responsáveis por um terço dos gastos mundiais com viagens —e são também as que melhor se prepararam para administrar esses gastos.
Conforme mostrou Roger Ballou, presidente do grupo de serviços de viagem da American Express, a recessão de 1991/93 atingiu a indústria de viagens, obrigando uma reformulação.
Com uma dupla dificuldade. Além da recessão, que atingiu todas as companhias de turismo, sofreram outro impacto: as empresas-clientes começaram a forçar reduções de custo nesse item.
Todos querem viajar mais e melhor, mas pagando menos por isso, comentou Ballou. Isso, especialmente nos EUA, levou companhias aéreas e hotéis a um esforço brutal de redução de custos e melhoria de qualidade.
Fora dos Estados Unidos, isso ocorre em menor escala. Na Europa, as companhias aéreas são estatais e o mercado é controlado e tabelado pelos governos.
O resultado é que o consumidor paga mais e as companhias aéreas dão prejuízo ou ganham muito menos que as americanas.
Em todo caso, o mercado torna-se cada vez mais competitivo no mundo. E os gastos com viagens e turismo devem alcançar US$ 7,9 trilhões em dez anos.
O nicho de mercado que a American Express está capturando é o de administrador de viagens para empresas.
A idéia é desenvolver programas para organização e controle de custos internos, de um lado, e formas de conseguir serviços melhores a preços menores, aproveitando um mercado competitivo.

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