São Paulo, quinta-feira, 9 de março de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Falta de marca diminui furto

EDSON FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Manter nos quartos apenas objetos que não tragam a logomarca do hotel tem mostrado ser uma estratégia eficaz contra furtos cometidos por hóspedes.
Segundo William Abud, superintendente do hotel São Paulo Center, até 1990 o hotel comprava cerca de 500 novos cinzeiros a cada mês.
"Hoje eles não têm mais a marca do nosso hotel. Por isso, o número de cinzeiros que desaparecem não chega a 20 no mês."
Depois do início de operação dessa estratégia, Abud passou a adotar uma comanda de honra na saída do hóspede. "Nela, o cliente anota tudo o que consumiu em seu último dia no hotel."
Rio
O hotel Sheraton Rio se livrou do desaparecimento de seis toalhas no réveillon passado. Uma hóspede italiana estava deixando a piscina com as toalhas em sua bolsa.
Ela só não conseguiu sair com as peças porque um recepcionista do hotel percebeu. O trabalho do recepcionista foi facilitado pela inabilidade da hóspede. A bolsa dela era transparente.
Segundo a assessoria de imprensa do tradicional Copacabana Palace, o hotel é um dos poucos felizardos que abrigam exclusivamente hóspedes honestos.
Os clientes do hotel são informados dos preços de peças como roupões, cinzeiros e toalhas. Quem quer acaba comprando, de acordo com a assessoria.
Exterior
Quem pensa que furtar objetos de hotéis é um hábito brasileiro está enganado.
Por conta desse hábito, os nadadores norte-americanos Troy Dalbey e Doug Gjertsen foram expulsos da equipe durante os Jogos Olímpicos de Seul, em 88.
Eles foram responsabilizados pelo furto de diversas esculturas de mármore de um hotel no centro da capital sul-coreana.
(EF)

Texto Anterior: Hóspedes não perdoam nem as Bíblias
Próximo Texto: Caça a suvenires iguala classes do avião
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.