São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995
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Docentes passam a eleger reitor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os professores de universidades federais passam a ter pelo menos 70% dos votos nas eleições para reitor, de acordo com a MP que será publicada hoje.
Atualmente em muitas instituições há peso igual para professores, funcionários não-docentes e alunos. "Isso não existe em lugar nenhum do mundo", afirma Paulo Renato Souza.
"Metade dos alunos não comparece na eleição. Professores se dividem e funcionários fecham em torno de um nome e escolhem o reitor", diz.
A escolha para reitor pode ser feita ou não com eleição. Em qualquer caso é enviada ao MEC uma lista de seis nomes —a praxe é que o ministro escolha o mais votado em eleição direta ou indireta.
A partir desta MP, a lista passa a ser de três nomes. A idéia é respeitar mais a autonomia da universidade (já que a liberdade de escolha do Ministério da Educação diminui).
Souza quer que a autonomia administrativa das universidades federais seja maior que a de hoje. Para isso, segundo ele, seria eliminado o item da Constituição que prevê o enquadramento dos funcionários das universidades no regime jurídico único dos funcionários da União.
Um outro modo de se aumentar a autonomia é transformar as universidades em instituições autônomas, como empresas. A idéia foi defendida pelo ministro Luiz Carlos Bresser Pereira (Administração e Reforma do Estado) na sexta-feira.

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