São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995
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Mozarteum traz dança clássica

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA

A vinda do Balé Real Sueco a São Paulo neste é uma iniciativa do Mozarteum Brasileiro que, aos poucos, pretende somar espetáculos de dança à sua tradicional programação de música erudita.
"Agora, que temos o Teatro Municipal disponível, podemos também oferecer espetáculos do balé", diz Sabine Lovatelli, presidente do Mozarteum.
Desmotivada desde 1985, quando foi obrigada a realizar apresentações do Balé de Stuttgart no Palácio das Convenções Anhembi, Sabine pretende trazer pelo menos um grupo por ano, sempre de estilo clássico.
História
Sediado no Teatro Real da Ópera de Estocolmo, o Balé Real Sueco é um dos mais antigos da Europa. Sua história começou em 1773, quando o Rei Gustavo 3º resolveu fundar um teatro de ópera.
As atividades do balé foram quase simultâneas à inauguração do teatro. Em 1790, o grupo já tinha 65 bailarinos, formados pelo professor francês Louis Gallodier, que pretendia competir com o balé da corte francesa, estimulado por Luís 14.
Mantido pelo governo sueco, o Balé Real realiza refinadas produções, com cenários e figurinos desenhados por artistas plásticos modernos, capazes de criar ambientes arrojados para obras clássicas.
O atual teatro-sede, construído entre 1891 e 1896, fica em Estocolmo. As reformas realizadas a partir de 1972 modernizaram o Teatro Real da Ópera.
Mas, a saúde artística do Balé Real Sueco não é mantida apenas pela estrutura material que o cerca. Mottran, o diretor do grupo, enfatiza que o segredo de uma grande companhia é "uma boa escola".
À parte os ensinamentos fundamentais que, na Suécia, são obtidos na Escola de Ballet da Ópera Real Sueca, Mottran também aponta a necessidade de coreógrafos criativos.
"Depois, é cultivar o bom treinamento e muitas aulas de manutenção", afirma o diretor.
(AFP)

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