São Paulo, sexta-feira, 17 de março de 1995
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Robson Tuma cassa palavra de professor em debate sobre petróleo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O debate em torno da proposta do governo de quebrar o monopólio da Petrobrás acabou com a "cassação" da palavra de um dos convidados a falar sobre o assunto, ontem, no plenário da Câmara.
No momento mais quente do debate, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Luís Pinguelli, que falava contra a quebra do monopólio, foi aparteado pelo deputado Alberto Goldman (PMDB-SP). O deputado discordou da afirmação de que a Petrobrás não precisa de investimentos feita por Rosa.
Depois de réplicas e tréplicas, o deputado Robson Tuma (PL-SP), que presidia a sessão, determinou que Rosa dispunha de 30 segundos para terminar o raciocínio. Rosa questionou a decisão de Tuma, que acabou cortando-lhe a palavra.
Foi a gota d'água para aumentar ainda mais a confusão. Só depois de cerca de 15 minutos a turma do "deixa disso" convenceu Rosa a voltar ao microfone para concluir a argumentação.
Nove representantes de entidades da sociedade civil —incluindo da Confederação Nacional das Indústrias à Associação dos Engenheiros da Petrobrás— participaram do debate.
O Executivo foi representado pelo secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gesner José Oliveira Filho, que chegou atrasado.
Parlamentares que se opõem à medida criticaram a ausência de funcionários mais graduados do governo, bem como a falta de dados que justifiquem a quebra do monopólio.

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