São Paulo, sábado, 18 de março de 1995
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Roupa indiana resiste a modismos

DA REPORTAGEM LOCAL

Vinte e cinco anos após o festival de Woodstock, que marcou o auge do movimento hippie, as lojas persistem em investir no look da época. As roupas largas, que expressavam o ideal de liberdade, ganharam um visual chique e encontram na moda oriental sua mais perfeita tradução.
O estilista indiano Rohit Bal vê no conforto a explicação para o sucesso constante dessas vestimentas. "As silhuetas são fáceis, é o tipo de roupa que qualquer mulher pode usar", diz.
Bal veio da Índia para o lançamento de sua coleção na Ogaan, um show room inaugurado esta semana no Ibirapuera especializado em artigos hindus.
A Ogaan vem juntar-se a outras lojas que atuam há anos na venda de roupas indianas em São Paulo.
"O estilo indiano é chique, são roupas femininas diferentes e atraentes", diz Fernanda Seabra, 21, da Samadhy, loja que trabalha com o produto há 16 anos.
As adeptas da moda oriental têm na cidade opções que vão de modelitos da alta costura ao básico para o dia-a-dia. As saias torcidas, longas ou minis, são as mais procuradas para o uso diário. "Tenho 12 saias indianas no armário", diz a produtora de TV Iara Vinhas, 23. "Só visto esse tipo de roupa, são superconfortáveis."
Para completar o visual "a Índia é aqui", Iara recorre a acessórios, como brincos e anéis. "É um estilo que posso usar tanto para trabalhar quanto para sair."
Os preços das saias torcidas longas variam de R$ 15,00 a R$ 66,00. Os vestidos, outro "must" entre consumidoras de produtos indianos, também têm preços bastante variados (veja quadro).
Na linha mais requintada, a Ogaan oferece modelos para a noite e "prêt-à-porter". Em seu show room estão à venda, além das roupas, todos os objetos à mostra, de cadeiras a tapetes e acessórios em pedras semipreciosas. Um casaco estampado de algodão com botões em madeira custa R$ 160,00.

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