São Paulo, sábado, 18 de março de 1995 |
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Japoneses elaboram projeto para preservar duna no RN
PAULO FRANCISCO
Se aprovado o projeto, o Japão deve destinar US$ 900 mil para sua execução, que começaria em 1996 e teria duração de três anos. Técnicos da Idec (Fundação Instituto de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte) colaboram com o estudo, intitulado "Dinâmica dos Ecossistemas Dunares e Desertificação do Semi-árido do Rio Grande do Norte". O biólogo Shigenobu Tamai, 52, e o metrologista Kyoichi Otsuki, 37, do Centro de Pesquisa de Terras Áridas da Universidade Tottori, estiveram na última quarta-feira nas dunas de Genipabu mostrando o funcionamento do anemômetro eletrônico, que mede velocidade e direção dos ventos. Avaliado em US$ 15 mil, o aparelho é um dos equipamentos a serem doados pelo governo do Japão ao Idec. O diretor-técnico do Idec, geólogo Geraldo Magela de Souza, 41, disse que as dunas de Genipabu, em Extremoz (25 km ao norte de Natal), são a principal preocupação. Segundo ele, com a construção de casas à beira-mar nas praias de Redinha e Santa Rita, ergueu-se uma barreira e os ventos não estão mais repondo a areia dessas dunas. "Se nada for feito, a tendência é de essas dunas desaparecerem ao longo dos anos", afirmou Magela. Além de Genipabu, o projeto inclui as dunas do morro do Careca, na praia de Ponta Negra, em Natal, e de Caiçaras (140 km ao norte da capital). "Em Caiçaras, o problema são as casas, que já estão sendo soterradas pela areia que o vento desloca da beira da praia", disse o geólogo. A desertificação atinge áreas dos municípios de Equador, Parelhas e Carnaúba dos Antas, na região do Seridó (250 km a oeste de Natal). Texto Anterior: Ex-líder de Paulo Maluf se filia ao PFL em SP; TCE arquiva apuração contra funcionários; Caminhão-cegonha cai de barranco na Dutra; Explosão de fábrica de fogos mata um em PE; Feirante é morto na zona de SP Próximo Texto: Coisa fofa Índice |
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