São Paulo, sábado, 18 de março de 1995
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'Henry e June' é página filmada

MARCELO REZENDE
DA REDAÇÃO

"Henry e June—Delírios Eróticos" (Globo, 0h30) é o que poderia ser chamado de "um filme de amor". Não necessariamente por sua história, as travessuras eróticas do escritor americano Henry Miller, sua mulher June e a escritora Anais Nin na Paris dos anos 30. Mas, essencialmente, o amor do diretor Philip Kauffman pela literatura.
Uma paixão que o levou a encontrar escritores como Tom Wolfe (no excelente "Os Eleitos) ou Milan Kundera, em seu mais popular filme: "A Insustentável Leveza do Ser"; e por fim, até mesmo o best-seller Michael Crinchton em "O Sol Nascente".
Como em toda paixão há sempre uma espécie de delírio. O de "Henry e June" e de seu diretor é acreditar que cinema é apenas uma boa história. E não o talento de se trabalhar as imagens. Talvez por isso sua fórmula, certeira em seus outros filmes, aqui não signifique mais nada. Apenas páginas filmadas.

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