São Paulo, domingo, 19 de março de 1995 |
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Um dossiê sobre governabilidade
ESPECIAL PARA A FOLHA Um dossiê sobre governabilidadeA primeira resposta prática do Cebrap ao que FHC chama "política do possível" é o dossiê sobre governabilidade que a revista "Novos Estudos", editada pelo crítico Rodrigo Naves, publica no seu próximo número, que circula a partir desta semana. Reunindo textos de autores tão divergentes com o economista tucano Gilberto Dupas, os petistas Francisco de Oliveira e Paulo Nogueira Batista Jr. e o sociólogo Leôncio Martins Rodrigues, entre outros, o dossiê quer explicitar a independência do centro de pesquisas. Ao mesmo tempo, o tema do dossiê está em sintonia com a necessidade de se pensar os problemas de forma "realista", adotando o "fim das utopias" como ponto de partida e horizonte da reflexão. O esforço de vincular as pesquisas do Cebrap às exigências de um país que começa a conviver com a "rotina democrática" é, segundo Giannotti, algo imperativo para que o centro não caia reflexão estéril. A "metafísica", como ele costuma denominar com auto-ironia os temas de que se ocupa, continuará tendo seu espaço. É um antídoto à pífia formação que as universidades oferecem às gerações mais jovens. Fundado por um grupo de professores aposentados compulsoriamente pelo AI-5, em 1968, o Cebrap foi, durante longos anos, um foco de resistência ao regime militar. Vieram depois os anos 80, que Giannotti batizou de período da "angústia democrática". Segundo Chico de Oliveira, foram tempos frustrantes intelectualmente, sobretudo pela tímida discussão em torno dos projetos políticos que seriam viáveis ao país. Agora o Cebrap está empenhado em repor em novos termos a velha discussão (dialética?) entre o possível e o impossível. Texto Anterior: Para Cebrap, governo FHC não pode fracassar Próximo Texto: Reenganaria Índice |
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