São Paulo, domingo, 19 de março de 1995
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CDB é opção se estiver ancorado no CDI

DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

Nada garante que a disparada dos juros esta semana persistirá após os desdobramentos do novo pacote de apoio às exportações.
O Banco Central não parece disposto a ceder à pressão altista do mercado. A puxada no over-selic de 4,13% para 6% foi uma decisão de Gustavo Franco, com o aval de Pedro Malan. A saída de Franco pode alterar este quadro.
Como os juros estão muito atrelados ao câmbio, dependem agora do desenrolar das medidas de estímulo aos exportadores.
Os juros do CDB pré estão apetitosos e, de fato, merecem uma atenção especial do investidor. Chegaram a pagar 0,25% ao dia na semana passada, contra 0,20% do CDI e 0,23% do DI futuro, mas não pode ser o único refúgio para o dinheiro. Uma parte dos recursos, que pode até ser menor, deve ser travada em operações de "swap" CDB/CDI, como prevenção a eventuais saltos da taxas.
Para a empresa que precisa de crédito, o melhor a fazer é evitar tomar recursos além do estritamento necessário. O ideal é trabalhar com o caixa bem ajustado, recorrendo ao "hot money" para suprir eventuais desacertos. Convém acompanhar as taxas e só recorrer ao giro pré quando estas começarem a cair.

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