São Paulo, domingo, 19 de março de 1995 |
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Lagerfeld estabelece silhueta do inverno Gaultier traz o 'cyberpunk bárbaro' ERIKA PALOMINO
A alfaiataria impecável só encontra paralelo nas roupas de Yamamoto, nesta temporada. Através dela, Lagerfeld define a nova silhueta da mulher: esguia, mais quadrada e extremamente alongada. Uma sensualidade mais explícita começa nos conjuntos de camisa de tule com plissados em forma de colete (evitando transparência excessiva sobre os seios). Vêm com saia com volume ligeiramente balonée. Elegância à toda prova. Vestidos longos em cetim branco, com alças grossas ou mangas curtas aparecem em coletes tipo smoking masculino. Cortados com sabedoria, ressaltam diferentes pontos do corpo de cada modelo. Ombros (o must), colo, quadris ou ainda criam as pernas mais longas que a mulher pode ter um dia na vida. Gaultier Jean Paul Gaultier, que desfilou anteontem à noite, fez o sabe melhor: ser ele mesmo. O estilo da primeira parte do desfile era cyberpunk, com toques bárbaros. Uma espécie de "Mad Max" refinado e futurista. Couro, vinil e peles combinados em preto e marrom vinham em formas longas: saias compridas, capas e bodies. O look: peruca desgrenhada e um quadrado à volta do olho. O casting: as pessoas mais esquisita de Paris ao lado das tops de sempre (Nadja, Linda, Naomi, Helena) e da brasileira Betty Lago, que abriu e brilhou também para Mugler. Na segunda parte, sintéticos coloridos. Muito neoprene e nylon emborrachado, em inacreditáveis formas. Tudo o que se faz em tecido e malha, executado com esses materiais. Insuperável: os vestidos e calças coloridíssimos (vermelho, rosa, amarelo, roxo, tudo de doer a vista) usados com chapéus tipo touca térmica. detalhe: inflados com secador de cabelo portátil —ligado. Texto Anterior: Mitterrand mantém discrição Próximo Texto: PLANETA FASHION Índice |
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