São Paulo, sexta-feira, 24 de março de 1995 |
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Assembléia vai investigar crime organizado
CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
Na primeira semana de abril começam a ser tomados depoimentos de policiais civis e militares, informantes e promotores. Vão ser investigados o tráfico de drogas, o roubo e desmanche de automóveis e suposto acobertamento policial a essas atividades ilícitas. Treze deputados vão compor a banca da CPI. A CPI foi criada num acordo entre o PT, PSDB, PMDB e PPR. "Vamos entrecruzar todas as informações sobre o crime organizado em todo o Estado", diz o deputado Elói Pietá (PT). "O crime está enraizado em todos os setores da sociedade, com complacência e benevolência de agentes públicos", avalia o deputado Erasmo Dias (PPR). "Temos indícios de envolvimento de policiais civis e militares com criminosos", acrescentou o deputado. O deputado Dráusio Barreto (PSDB) sustenta que a CPI se justifica porque "o crime tem crescido de tal forma em São Paulo que nem a polícia, nem a Justiça, tem demonstrado velocidade suficiente para acompanhá-lo e combatê-lo". Números coletados pelo deputado Elói Pietá (PT) revelam que, a cada ano, pelo menos US$ 20 milhões são perdidos, no Estado, para quadrilhas especializadas no roubo e furto de cargas de caminhões. Estima-se que, por ano, o Estado perca cerca de US$ 5 milhões por não taxar carregamentos desviados pelas quadrilhas. Texto Anterior: Sindicato cede 50 carros para Polícia Civil Próximo Texto: Diretor do Detran será chamado Índice |
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