São Paulo, domingo, 26 de março de 1995 |
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Negócio com dinheiro à vista é mais raro
TELMA FIGUEIREDO
"É muito raro o incorporador aceitar pagar o terreno à vista", diz José D'Ávila Pompéia, 43, presidente da Bolsa de Imóveis do Rio de Janeiro —empresa especializada em avaliações. Segundo Pompéia, o pagamento só é feito em "cash" se o valor do lote for muito atraente, abaixo do valor de mercado. A maioria das transações envolve permutas, que basicamente podem ser de dois tipos. O dono do terreno tanto pode receber unidades (apartamentos ou escritórios) que vão ser construídos no próprio lote, como receber imóveis em outros locais —por exemplo, unidades novas que a incorporadora tenha em outros empreendimentos. Os negócios ainda podem mesclar as duas formas de permuta e uma parcela em dinheiro —que geralmente é parcelada. "Tudo depende da negociação. No ano passado, compramos um terreno com permutas no local e fora, além de pagar um parte em dinheiro, dividida em 12 vezes", diz Gerson Luiz Bendilatti, 37, diretor de incorporações da Inpar. "Quanto maior a parte em dinheiro, maior a tendência em se reduzir o preço por m2", diz José D'Ávila Pompéia. Segundo Pompéia, se um determinado terreno tiver o preço do m2 avaliado em R$ 500, por exemplo, caso o negócio seja fechado à vista, as incorporadoras não vão pagar mais que R$ 350. Em algumas transações envolvendo permuta no local, as incorporadoras podem aceitar pagar um aluguel para o dono do terreno até que as unidades permutadas fiquem prontas. (TF) Texto Anterior: Mercado de novos bate recorde de vendas Próximo Texto: Permuta eleva valor do m2 Índice |
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