São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 1995
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Garantia de emprego de servidor deve cair

PT concentra maior resistência

DA REDAÇÃO

A quebra da estabilidade do funcionalismo certamente demandará muita negociação do governo com o Congresso e, tudo indica, com as próprias lideranças da categoria. Mas tem grandes chances de passar.
No levantamento feito pelo Datafolha, a maioria dos parlamentares ouvidos se mostrou favorável a que a estabilidade deixe de existir em alguns casos (54% dos senadores e 53% dos deputados).
Somando-se esses números com os que defendem o fim da estabilidade para toda a categoria (15% dos senadores e dos deputados), chega-se, no Senado, ao índice de 69% entre os que querem mudar a estabilidade —e 68% na Câmara.
As mudanças vão requerer muita negociação. A maioria que diz querer alguma mudança não diz exatamente qual é. A ação do lobby dos funcionários pode ser decisiva na hora do voto. O governo contabiliza esse risco.
É pequena a porcentagem que não quer qualquer alteração na área: apenas 29% dos congressistas. Com 30% dos que são contrários, a Câmara é mais resistente que o Senado (26%).
O partido que aparece na liderança contra a mudança da lei é o PT, com 64%.
O fim puro e simples da estabilidade jamais seria aprovado no Congresso. Ele é defendido por apenas 15% dos parlamentares. Os partidos em que a tese faz mais sucesso são o PMDB e o PFL, ambos com 20%.

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