São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 1995 |
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Lula coordena ação anti-reforma
CARLOS EDUARDO ALVES
Lula deve se encontrar hoje com o ex-governador fluminense Leonel Brizola no Rio. Membros das Executivas dos dois partidos também participam da reunião. Tenta-se tirar uma estratégia comum para barrar as reformas patrocinadas pelo governo tucano. Na quarta-feira, o líder petista vai até Recife tentar convencer o governador Miguel Arraes (PSB) a engrossar o coro dos descontentes com FHC. Lula sabe que a conversa com Arraes será mais difícil que a com Brizola. Apesar de arauto do nacionalismo, que vê ameaçado, entre outras coisas, com a quebra dos monopólios, Arraes não quer entrar em conflito com o Palácio do Planalto no momento em que Pernambuco disputa a sede da nova refinaria da Petrobrás. O PT e os outros partidos de esquerda planejam fazer, no dia 27 de abril, grandes manifestações em todo o país contra a reforma constitucional. A bandeira que mais une as correntes de esquerda é a manutenção dos monopólios. Parte por uma visão nacionalista e parte, também, porque é nas corporações estatais que estão encastelados dos sindicatos de trabalhadores sob a influência do PT. A estratégia da esquerda que pretende barrar mudanças na Constituição prevê também ênfase no combate a mudanças na Previdência. A esquerda acredita que o tema "defesa da Previdência" tem potencial de empolgar a população mais ainda que a defesa dos monopólios por envolver diretamente milhões de pessoas. Texto Anterior: Temeroso, governo contabiliza a maioria Próximo Texto: Resultado de votação pode se opor a tendência Índice |
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