São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 1995
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Interlagos 'esfria' sem Senna

MÁRIO MAGALHÃES

Em São Paulo
Nunca, na década de 90, o público no autódromo de Interlagos mostrou tão pouco entusiasmo, foi tão calado e impassível durante a corrida anual da Fórmula 1.
Os cerca de 37 mil espectadores que pagaram ingresso assistiram à prova com a postura de público britânico vendo um jogo de tênis, ao contrário do comportamento de torcedor de futebol demonstrado em anos anteriores.
Antes da largada, as pessoas gritaram palavras-de-ordem lembrando o piloto Ayrton Senna, morto no ano passado, e saudando o brasileiro Rubens Barrichello.
Depois, calaram.
No ano passado, o público vibrava, aplaudia e acenava a cada passagem de Barrichello, quarto colocado então.
Em 1993, comemorou como um gol a rodada do francês Alain Prost na chuva que abriu caminho para o triunfo de Senna.
Não foi só a ausência de brasileiros com chance de lutar por bons lugares que esfriou o público.
Na prova de ontem quase não houve duelos, disputas emocionantes, tensão. Talvez num mano-a-mano de autorama houvesse mais emoção.(MM)

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