São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 1995 |
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'Impressão digital' delata os vencedores
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
A suspeita começou a circular timidamente durante a manhã de ontem, em Interlagos: os dois carros teriam utilizado uma gasolina diferente da que deveriam utilizar. Quando os carros saíram dos boxes para a formação do grid do GP do Brasil de F-1, um comunicado da FIA confirmou o boato. A Williams havia sido multada em US$ 30 mil porque o carro de David Coulthard tinha utilizado uma gasolina diferente da que deveria —no início da temporada, todos os fornecedores são obrigados a ceder uma amostra do produto que será usado na temporada. Chamada de "finger print" (impressão digital), a análise do início do ano é utilizada como parâmetro para o resto da temporada. E pelo regulamento, o combustível deve ser o mesmo durante o ano todo. No comunicado —logo depois da largada chegou um idêntico em relação ao carro de Michael Schumacher—, a FIA explicava que qualquer que fosse o resultado da prova, a colocação dos dois pilotos seria provisória. Após a corrida, a gasolina dos carros, incluídos o de Schumacher e de Coulthard, seria analisada. Os testes que provocaram os comunicados haviam sido feitos no sábado, do combustível utilizado pelas duas equipes nos treinos. Antes da prova, inclusive, os time foram advertidos de que não deveriam fazer uso da mesma gasolina durante a prova, ontem. Ives Idern, um dos responsáveis da Elf, petrolífera francesa que fornece para a Benetton e Williams, afirmou à Folha que a gasolina não tinha nada de errado. "Apenas ela era mais desenvolvida do que a que foi enviada à FIA no início do ano", disse. Sobre como era "desenvolver" uma gasolina, Idern dissimulou: "Não colocamos nenhum componente novo".(JHM) Texto Anterior: Rodada resgata Válber, Amoroso e Luisão Próximo Texto: Schumacher correu sem saber do problema Índice |
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