São Paulo, segunda-feira, 3 de abril de 1995
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Indústria brasileira busca venda no Japão

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

A indústria brasileira de café solúvel está de olho no mercado japonês. O café em lata -vendido em máquinas instaladas nas ruas, iguais às de refrigerantes-, mostra-se como um atraente negócio.
Em 1994, foram consumidas no Japão seis bilhões de latinhas de café, diz Sérgio Coimbra, presidente da Abics (Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel).
"É uma nova forma de consumo de café", afirma. Com uma moeda, o consumidor escolhe o tipo de café: quente ou gelado, com ou sem açúcar, com ou sem leite.
Segundo ele, esse tipo de refrigerante sem gás "tornou-se verdadeira mania entre os japoneses".
A expectativa é de que esse novo mercado cresça também na Coréia e nos Estados Unidos.
Neste último, algumas empresas já estão realizando testes com o produto para sentir a reação do consumidor, informa Coimbra.
O mercado que se mostra interessante para o produtor brasileiro é o de extrato de café (matéria-prima para esse tipo de bebida).
Dados da Abics mostram que o Brasil vendeu no ano passado 5.128 toneladas de café solúvel para o mercado japonês, das quais 5% na forma de extrato de café.
No início, os fabricantes japoneses de café em lata produziam também a matéria-prima que utilizavam na fabricação do produto. De algum tempo para cá, muitas empresas decidiram iniciar a importação.
A expectativa da Abics é de que essa tendência aumente nos próximos anos entre os demais fabricantes do Japão, sem contudo prejudicar o mercado tradicional de solúvel e torrado para o mercado japonês.

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