São Paulo, segunda-feira, 3 de abril de 1995
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GM diz que alta de preços é 'fofoca'

Mas diretor admite 'pressão de custos'

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A General Motors nega que já tenha decidido reajustar os preços dos carros nacionais.
"É tudo fofoca", afirma José Carlos Pinheiro Neto, diretor de Assuntos Corporativos da montadora, referindo-se a informações de concessionários da marca de que nova tabela de preços seria divulgada nos próximos dias.
Mas Pinheiro Neto reconhece que a "pressão de custos é grande". Ele explica: de um lado, há o reajuste dos metalúrgicos a partir de 1º de abril (cerca de 27%). Do outro, "o problema eterno" com os fornecedores que querem repassar o aumento de custo das matérias-primas.
Os importadores independentes dizem que a alta de preço do carro nacional será a consequência lógica do aumento da alíquota de importação para 70%.
Mas tanto a GM como as demais montadores querem evitar que os reajustes sejam atribuídos à alta do imposto. Essa preocupação pode provocar o adiamento dos aumentos.
A GM apóia a decisão do governo de elevar o Imposto de Importação. "O país não pode gerar déficit comercial. A medida é essencial para a manutenção do Plano Real", afirma Pinheiro.
Ele diz que a montadora ainda não definiu o novo preço dos importados e mudanças no seu volume de importações. "'Mas que vamos reduzir não há dúvida".

IPI único
A GM volta à carga para tentar reduzir o IPI sobre os carros mais caros.
A montadora levou ao governo nova proposta: alíquota única entre 15% e 20% para todos os modelos, menos os "populares", que continuariam pagando 8%.
O objetivo, segundo Pinheiro Neto, é aumentar a venda de carros médios, diminuir a demanda sobre os "populares" e acabar com o ágio".

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