São Paulo, segunda-feira, 3 de abril de 1995
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Candinho reclama de desatenção da defesa

MÁRIO MOREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico da Portuguesa, Candinho, atribuiu à "morosidade" dos seus jogadores no primeiro tempo o empate por 2 a 2 contra o Novorizontino, sábado, no Canindé.
"Nem faltas eles faziam. Parecia que estavam todos meio dormindo", disse o treinador.
Para ele, isso pode ter acontecido em função de o Novorizontino não possuir jogadores conhecidos.
"Quando enfrentamos Corinthians ou São Paulo, o Viola e o Juninho são bem marcados. Hoje (sábado), faltou pegada no primeiro tempo", analisou Candinho.
O zagueiro Jorginho discordou em parte. "Não marcamos mal porque o jogo era contra um time pequeno. É porque estávamos meio moles, mesmo."
Segundo o Datafolha, a Portuguesa realizou 140 desarmes no jogo de sábado. A média do Campeonato Paulista é de 144 desarmes de cada time por partida.
Na etapa final, segundo Candinho, o time subiu de produção e imprensou o Novorizontino em seu campo. "Ele nos pediu para aumentar a pegada", contou Jorginho.
Já a Portuguesa, que fizera 18 jogadas na área durante a primeira etapa, conseguiu entrar na área adversária 25 vezes no segundo tempo.
Apesar de a Portuguesa ter empatado duas vezes seguidas em casa contra times pequenos -domingo passado, havia ficado no 1 a 1 com o Rio Branco-, Candinho afirmou que "está tudo dentro dos prognósticos".
Ele disse esperar que o time seja derrotado no Canindé uma ou duas vezes até o fim da primeira fase. A Portuguesa não perde em seu estádio desde setembro de 93.
Para o treinador, o fato de a equipe vir disputando a liderança do Campeonato Paulista faz com que os adversários atuem de maneira mais precavida.
"Agora, as outras equipes se preocupam em ver como a Portuguesa joga e correm mais quando nos enfrentam", afirmou.
Ele negou, porém, que o time fique sem opção de jogadas quando os atacantes são bem marcados.
"O problema não é esse, tanto que conseguimos fazer dois gols hoje (sábado)", disse Candinho.
"A questão é que, quando a defesa e o meio-campo participam mais do jogo, o ataque naturalmente empurra o adversário para o seu campo. E hoje (sábado) isso só ocorreu no segundo tempo."
Para o meia Caio, o jogo de sábado mostrou uma qualidade do time da Portuguesa: o poder de reação. "Também ficou provado que não podemos relaxar nunca."

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