São Paulo, segunda-feira, 3 de abril de 1995 |
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Marcelinho chora e reza para virar o jogo
ARNALDO RIBEIRO E MÁRIO MOREIRA
A primeira, no intervalo, por ter errado um passe que propiciou o gol do Palmeiras. A segunda, após marcar, de falta, o gol de empate. A terceira, ao final da partida, quando atirou sua camisa para os torcedores. "Não sei o que aconteceu comigo. Foi um dia muito especial", afirmou o jogador, em prantos. Marcelinho confessou ter pensado em não voltar para o segundo tempo, abatido pelo erro que resultou no gol de Roberto Carlos. "Pensei que a torcida não fosse me perdoar. O Daniel e o Ricardo Pinto precisaram me levar para um canto do vestiário para rezarmos", contou. "Disse a ele que nós, com a ajuda de Deus, venceríamos o jogo e ele faria os dois gols", afirmou Ricardo Pinto. Dito e feito. Antes do gol de empate, Marcelinho disse ter ouvido a voz de Deus. "Ele falou: bate forte e de três dedos". Por ter deixado a bola passar entre as pernas para a conclusão de Marcelinho no segundo gol, Tupãzinho recebeu um beijo do companheiro. Outro "premiado" foi o treinador Eduardo Amorim. O técnico do Palmeiras, Valdir Espinosa, disse que houve excesso de individualismo por parte dos jogadores do Palmeiras quando a equipe tinha um jogador a mais. "A superioridade numérica só adianta se cada jogador procurar sempre um companheiro. Só que os nossos atacantes tentavam sempre os lances individuais." O treinador também disse que o Corinthians teve "mais pegada" no segundo tempo. Para o volante Mancuso, os jogadores do Palmeiras se confundiram taticamente na etapa final. "Nós saímos sempre muito lentos para o contra-ataque, ao contrário do que o Espinosa pediu", disse o argentino. Para o atacante Edmundo, que completou 24 anos ontem, o Corinthians aproveitou a "pouca determinação" ofensiva do Palmeiras e venceu na base da garra. Texto Anterior: Lágrimas de Marcelinho redimem futebol Próximo Texto: Juiz importado erra mas leva vantagem no idioma Índice |
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