São Paulo, quarta-feira, 5 de abril de 1995
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Exército começa a patrulhar ruas da capital

ROBERTO MACHADO
DA SUCURSAL DO RIO

As Forças Armadas começaram ontem o patrulhamento das principais vias públicas do Rio, como a avenida Brasil e a Linha Vermelha, na primeira fase da Operação Rio 2 -convênio firmado entre os governos estadual e federal para o combate à criminalidade no Rio.
Foi o segundo dia da operação, iniciada anteontem em Petrópolis.
Um destacamento de 17 soldados do 2º Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército realizou blitz em uma das vias de acesso à favela Nova Brasília, em Bonsucesso (zona norte do Rio).
A ação dos soldados começou às 15h e durou menos de 30 minutos. Pelo menos dez pessoas foram revistadas na esquina da rua Jehovan Costa e da avenida Itararé.
Marcelo de Castro, 22, ex-militar e professor de artes marciais, foi uma das pessoas revistadas. "Eu concordo. A lei tem que ser cumprida", afirmou. Os soldados portavam fuzis automáticos leves.
Depois da blitz, os soldados percorreram as vias de acesso ao Complexo do Alemão, favela do Juramento, em Vicente de Carvalho, e favela de Acari, em Acari.
O porta-voz do CML (Comando Militar do Leste), coronel Ivan Cardozo, afirmou que a prioridade da primeira fase da Operação Rio 2 será o patrulhamento de ruas. "Utilizaremos patrulhas motorizadas, em áreas preestabelecidas e dividindo tarefas com a Secretaria de Segurança Pública do Estado."
Ontem de madrugada a PM realizou "uma ação de patrulhamento preventivo", segundo o assessor da secretaria da Segurança Pública, coronel Lenine de Freitas.
Cerca de 40 policiais do Batalhões de Choque e de Operações Especiais da PM realizaram blitze nos bairros de Parada de Lucas (zona norte), Santa Cruz (zona oeste) e na Linha Vermelha. Pelo menos três pessoas foram presas.
À tarde, soldados do 4º Batalhão realizaram uma operação na Barreira do Vasco, em São Cristóvão (zona norte). Foram apreendidas armas e uma pessoa foi presa.
O Tribunal de Justiça do Rio começou ontem a expedir os mandados de prisão solicitados pela secretaria, que avalia que serão necessários mais de 2.000 durante a Operação Rio 2. Na primeira versão da operação, foram efetuadas prisões sem mandados judiciais.

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