São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 1995
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Fragrância francesa não é unanimidade

EDSON FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Fragância francesa não é unanimidade
Marília Gabriela, Pedro Paulo de Senna Madureira, Mary Nigri e Luiza Strina revelam suas preferências
Nem sempre vêm da França os líquidos perfumados que as pessoas famosas depositam nos lóbulos de suas orelhas.
Ouvidos pela Folha, a jornalista Marília Gabriela, o editor Pedro Paulo de Senna Madureira, a dona de restaurante Mary Nigri e a marchand Luiza Strina revelaram que têm uma relação aromaticamente correta com os perfumes.
Entre todos eles quem mais entende do assunto é Gabriela. Não é à toa que seu nome batiza um perfume fabricado pela Phytoervas.
"Fui eu mesma que escolhi as essências e compus o perfume."
Gabriela afirma que sempre preferiu os perfumes masculinos. "Meu nariz recusa os aromas doces, frutados e de madeiras."
Antes de ter um perfume com a sua grife, Gabriela usava o Vetiver da Givenchy. O nome desse perfume vem de um capim aromático.
"A Givenchy não fabrica mais esse perfume. No aeroporto de Nairóbi (capital do Quênia), encontrei uma loja que ainda tinha. Comprei todos os 11 frascos."
Gabriela costuma passar perfume pelo corpo logo após o banho, com a pele ainda úmida.
Outro fã de perfumes feitos com o capim vetiver é o editor Pedro Paulo de Senna Madureira. Ele usa um fabricado pela Guerlain.
Dependendo da ocasião, o editor alterna esse perfume com o Sauvage da Dior e o Monsieur da Balmain, ambos cítricos.
"Tem muita gente que compra perfumes adocicados, que funcionam bem no frio europeu, e os usa no nosso calor. O resultado é catastrófico. Lembra o metrô de Paris em horário de pico", brinca.
O editor diz que a decisão pelos perfumes que usa é baseada numa tradição familiar.
"Meu avô usava o Vetiver e meu pai, o Sauvage."
Conhecedora dos estragos que odores excessivamente pronunciados provocam durante as refeições, a dona do restaurante Quattrino, Mary Nigri, usa perfume com moderação.
A colônia inglesa Crabtree & Evelyn é o que deixa Nigri com o que ela chama de "cheirinho de quem acabou de sair do banho".
A marchand Luiza Strina opta pela modernidade na hora de escollher seu perfume.
"Eu usava Guy Laroche. Em uma viagem à França conheci o Odissey e passei a adotá-lo. O cheiro dele é bem mais moderno", justifica.

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