São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 1995
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Capital desconhece agitação do Ocidente

CLAUDIO WAKAHARA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Yangon, capital de Myanma e principal porto de entrada no país, repousa sob uma aura de tranquilidade e atemporalidade.
Ao contrário de outras capitais do Sudeste Asiático, como Bangcoc (Tailândia) e Jacarta (Indonésia), Yangon desconhece congestionamentos, poluição e luminosos das cadeias de fast food.
A cidade retém ainda grande parte de sua atmosfera colonial, período durante o qual se constituía em um dos maiores entrepostos comerciais da Índia do Leste.
Seus habitantes, dos mais cordiais de todo o Sudeste Asiático, gravitam serenos pelas ruas repletas de construções do período colonial, guiados pela aura energética e espiritual de seu mais importante monumento religioso, o templo de Shwedagon.
Esse pagode -como são chamados os templo asiáticos-, constitui-se no principal centro de peregrinação do país.
Sua "stupa" (estrutura sólida em forma de sino) central se encontra revestida por cerca de 60 toneladas de folhas de ouro. Nesse local celebram-se vários festivais em honra ao Buda durante o ano.
Um museu anexo expõe peças sacras doadas ao templo por reis, rainhas e cidadãos eminentes. De sua coleção constam peças belíssimas executadas em marfim, ouro e jade e, não raro, adornadas com rubis e esmeraldas.
O mercado de arte do pagode de Shwedagon e o mercado municipal são lugares excelentes para a aquisição de esculturas de madeira, marfim e madrepérola com motivos birmaneses, muitas das quais reproduções de peças do museu.
O Museu Nacional de Myanma abriga uma coleção diversificada, centrando sua exposição permanente em temas arqueológicos, etnológicos e em peças da indumentária real birmanesa -como o Trono do Leão, originalmente disposto no palácio de Mandalay.
A música e a dança do país, bastante influenciadas pelos ritmos indianos, podem ser escutadas e observadas em vários restaurantes.
Ali são apresentados shows de dança tradicional com música executada ao vivo.
Quem desembarca no aeroporto de Yangon é solicitado a trocar US$ 300 por um papel-moeda destinado somente a estrangeiros, que pode ser utilizado em hotéis, restaurantes, transportes etc.
Esse dinheiro não pode ser trocado legalmente por kyats, a moeda local, a uma taxa digna de câmbio.

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