São Paulo, segunda-feira, 17 de abril de 1995
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Carta pode proibir a discriminação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Incluir no texto da Constituição a proibição explícita à discriminação dos homossexuais é o objetivos de um grupo de parlamentares recém-chegados ao Congresso.
O atual texto da Carta, aprovado em 88, não faz qualquer referência a homossexuais.
A deputada Marta Suplicy (PT-SP), por exemplo, pretende também apresentar no segundo-semestre um projeto de lei que regulamenta a "união estável entre duas pessoas do mesmo sexo".
"Conheço inúmeros casos de casais homossexuais, onde um deles morre de Aids, a família do morto toma tudo e o outro fica sem nada. São uniões às vezes de 25, 30 anos", disse Marta.
A deputada afirmou que vai aproveitar as discussões do Encontro Internacional de Gays e Lésbicas, em junho, no Rio, para subsidiar seu futuro projeto de lei.
Uma das resistências que a deputada vai ter que enfrentar para aprovar seu projeto será a da bancada evangélica do Congresso.
O deputado Valdenor Guedes (PP-AP), da Igreja Assembléia de Deus, afirma que a Bíblia condena a união homossexual.
"Deus não aceita o casamento de homem com homem ou mulher com mulher. Se eles puderem adotar filhos, por exemplo, essas crianças vão crescer num ambiente de promiscuidade", diz.

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