São Paulo, segunda-feira, 17 de abril de 1995 |
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Fleury investe na eleição do PMDB na capital
CARLOS EDUARDO ALVES
Fleury escolhe até quarta-feira os componentes da chapa que enfrentará o grupo do também ex-governador Orestes Quércia. O nome mais cotado para disputar a presidência do diretório paulistano pela ala de Fleury é o do vereador Avanir Duran Galhardo. As avaliações de Quércia e Fleury sobre o comportamento dos peemedebistas que participarão da eleição do novo diretório são contraditórias. "Se a eleição fosse hoje faríamos entre 45% a 60% dos votos", acha Fleury. A avaliação dos quercistas é mais otimista. Quércia espera que seu grupo tenha 80% dos cargos do diretório do PMDB da capital. A ala de Quércia ainda não escolheu seu candidato à presidência do PMDB paulistano. Pelo estatuto da legenda, a chapa tem que ser registrada até a próxima quinta-feira. Um triunfo na capital do Estado -hipótese considerada improvável no partido- é a única maneira de manter Fleury no PMDB. Em maio, haverá eleição para o diretório estadual da legenda e aí o quercismo é favorito destacado na disputa pela direção do partido. Fleury passou a semana recebendo delegados à convenção paulistana do PMDB. Na conversa com os delegados, Fleury tem prometido que será o candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, em 96, caso consiga a maioria no diretório da cidade. Nos bastidores do PMDB, a aposta é que Fleury luta agora para não ser confinado pelo quercismo em São Paulo. Emissários do ex-governador têm ponderado a líderes do PMDB sobre a conveniência de dar a presidência nacional do partido a Fleury para evitar que Quércia tente reassumir a direção política da legenda, em caso de fracasso do Plano Real. O argumento, porém, não tem entusiasmado os principais líderes nacionais do PMDB. Trabalha-se até com a idéia de que uma vitória de Quércia na capital inviabilizará até a permanência de Fleury no partido. PFL, PTB, PSD e PL, entre outros, são citados como caminhos possíveis para Fleury. Quércia tem como preocupação, no momento, evitar que a ala de Fleury consiga a maioria no diretório da capital. O objetivo é manter nas mãos de sua corrente a escolha do candidato a prefeito em 96. "Ouvi falar que tem um partido aí na história", limitou-se a dizer Quércia sobre o futuro de Fleury. Texto Anterior: Carta pode proibir a discriminação Próximo Texto: Líderes tentam evitar novas derrotas Índice |
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