São Paulo, segunda-feira, 17 de abril de 1995 |
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Parceria é o objetivo
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Para o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, o mais importante nas conversações com FHC será obter reafirmação clara do compromisso brasileiro com a abertura de seu mercado ao comércio internacional. Crise mexicana Na pauta de Fernando Henrique para as reuniões com Clinton também terá especial destaque a necessidade de serem criados mecanismos financeiros internacionais para evitar crises como a do México. Outros pontos que FHC vai levantar: os avanços para a assinatura em breve de acordo nuclear entre os dois países, as possibilidades de cooperação entre EUA e Brasil na área da biotecnologia, a privatização do programa espacial brasileiro, inclusive da base de Alcântara (MA), e a abertura do mercado brasileiro de telecomunicacões. Mercado emergente FHC quer provar a Clinton que o Brasil é de fato um dos dez "maiores mercados emergentes" do mundo. Na agenda de Clinton, constam os seguintes pontos: formas de cooperação bilateral de combate ao narcotráfico e a posição do Brasil sobre vários assuntos, como Cuba, Angola, Mercosul, Peru versus Equador, missões de forças internacionais de paz e a reunião hemisférica de ministros de defesa. Os dois presidentes também vão conversar sobre os desdobramentos da Cúpula das Américas, realizada em dezembro do ano passado em Miami, inclusive a reunião hemisférica de ministros de comércio ainda este semestre em Denver. Patentes A questão da propriedade intelectual vai ser discutida. Embora se desenvolva intenso esforço diplomático para impedir que ela contamine as reuniões desta semana, FHC vai ser alertado de que o fracasso do Congresso em aprovar a Lei de Patentes resultará em novas possibilidades de retaliação comercial contra o Brasil. FHC tem chegada em Nova York prevista para 23h45 locais (0h15 de amanhã em Brasília). Na quarta-feira vai a Washington. Volta ao Brasil no sábado de manhã. Texto Anterior: FHC enfrenta novo atrito na visita aos EUA Próximo Texto: Relacionamento entre os dois países sempre foi 'pendular' Índice |
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