São Paulo, segunda-feira, 17 de abril de 1995
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Terror exige profissionais

RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

As "tecnicalidades" envolvidas mostram que para um grupo terrorista ou um país entrarem no ramo nuclear eles precisarão de físicos, engenheiros, laboratórios equipados e instalações industriais.
A eventual disponibilidade de material físsil no mercado "paralelo" tende a ser mais útil a países interessados na bomba do que para grupos terroristas.
Os norte-americanos citam os países de sempre como eventuais compradores: Iraque, Coréia do Norte, Irã. Mas não se tem prova de que um governo tenha tentado comprar algo nesse "mercado".
O especialista Leonard Spector acha que o contrabando de material nuclear já é significativo, pois alguém, de grama em grama, pode obter o suficiente para a bomba.
Outra especialista, Kathleen Bailey, diz que as informações disponíveis permitem projetar facilmente uma bomba, embora o equipamento seja um empecilho.
"Um dos problemas com armas atômicas é que é difícil mantê-las seguras", disse Bailey à Folha. Para interessados, seria mais fácil conseguir uma arma pronta.
Os russos mantêm suas armas atômicas bem vigiadas, embora isso seja cada vez mais difícil. Mas, por mais fácil que seja fazer a bomba, só em ficção terroristas as produzem em garagens.(RBN)

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