São Paulo, segunda-feira, 24 de abril de 1995 |
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Ligação inoportuna O Senado assistia a uma sessão diferente naquela manhã. Apesar de terem outros assuntos em pauta, os senadores haviam concordado que o relator do projeto de lei de patentes, Ney Suassuna (PMDB-PB), ocupasse a tribuna. A quebra de protocolo tinha um motivo: o senador modificara o projeto já aprovado na Câmara, o que atrasava sua tramitação no Senado. O governo tinha pressa na aprovação da lei. FHC embarcaria para os EUA nos próximos dias e queria usá-la como um trunfo. Quando Suassuna dizia que tinha resistido a pressões de países do Primeiro Mundo ao dar o parecer sobre a lei, seu celular tocou. Com o dono longe da bancada, Esperidião Amin (PPR-SC) atendeu e começou a falar em voz alta: - Gladston? Da Embaixada dos EUA? O senador não pode atender. Ele está discursando justamente sobre a lei de patentes. Qual o telefone da embaixada? Todos os senadores caíram na gargalhada. Do outro lado da linha, sem entender nada, Gladston, o gerente do Banco do Nordeste em João Pessoa, desligava. Texto Anterior: A novela continua; No ar; Drama ou comédia; Briga nas telas; Motim; Obstrução; Pé na estrada Próximo Texto: "Brasil não tem política agrícola", diz produtor Índice |
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