São Paulo, segunda-feira, 24 de abril de 1995
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Medidas serão definidas pelo CMN na quinta

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo deve adotar esta semana novas medidas para tentar reduzir o consumo nos próximos meses. A principal delas é a reformulação dos depósitos compulsórios que os bancos recolhem ao BC (Banco Central).
O objetivo das mudanças no compulsório é acabar com as brechas encontradas pelos bancos para financiar as vendas. Com isso, o governo pretende reduzir o total de crédito (reais) disponíveis para empréstimo aos consumidores.
A proposta de reformulação do compulsório está sendo estudada pela diretoria do BC há mais de um mês. Se estiver pronta, deve ser discutida na próxima reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), prevista para quinta-feira à tarde.
Na prática, a reformulação dos depósitos compulsórios não precisa ser aprovada pelo CMN. Pode ser feita por ato do BC. A preocupação do governo, além de reduzir o consumo, é controlar o crescimento da economia este ano.
O crescimento de 9% do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre deste ano aumentou a preocupação do governo. O dado foi divulgado semana passada pelo IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas no país.
Pauta
A pauta da reunião do CMN ainda não está pronta. Deve ser definida na quinta-feira à tarde com a participação do ministro da Fazenda, Pedro Malan, que está nos Estados Unidos e retorna ao Brasil na manhã de quinta-feira.
Outro ponto que deve ser discutido no CMN é o custo dos empréstimos agrícolas para financiar a próxima safra, que não poderão mais ser feitos pela TR (Taxa Referencial). Nesse caso, a proposta será discutida com o Congresso Nacional.

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