São Paulo, segunda-feira, 24 de abril de 1995 |
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Vida oferece um eterno nascimento
PAULO COELHO
"Deus não deu nenhum sentido à minha vida", queixava-se. "Enquanto estava verde, eu podia ver as montanhas, os homens e o rio que corre lá embaixo. Agora estou aqui neste chão, e só me resta apodrecer." "Pois é justamente este o sentido da sua vida no momento", disse uma companheira. "Antes você era apenas uma folha, algo que não foi feito para durar. Mas agora você está no chão, apodrecerá e irá virar o adubo para a terra. Em seguida, as raízes virão lhe procurar." "Você retornará ao caule, será absorvida pela seiva e se transformará de novo em folha. Este é o ciclo do eterno nascimento." Texto Anterior: Mostra exclui Brasil do futuro do cinema Próximo Texto: Livraria promove semana Anatol Rosenfeld Índice |
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