São Paulo, segunda-feira, 24 de abril de 1995
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Indiciado foi à Guerra do Golfo

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Timothy J. McVeigh, que fez 27 anos ontem, principal suspeito do massacre de Oklahoma, tem a biografia do "all American boy", um típico rapaz do interior dos Estados Unidos.
Nasceu em Pendleton, Nova York, Costa Leste, filho de um operário católico. Seus pais se divorciaram quando ele tinha 10 anos. Ele e uma irmã ficaram com o pai. A caçula foi com a mãe para a Flórida (sul).
Relatos de professores e colegas de escola secundária dizem que ele era do tipo quieto, respeitoso, educado. O padre de sua paróquia se recorda de McVeigh como alguém incapaz de um ato de violência.
No álbum de formatura do colegial, embaixo de sua foto, ele escreveu três curtas frases que descreviam uma pessoa bem disposta para a vida e com o desejo de buscar aventuras pelo mundo.
Como muitos de seus conterrâneos, McVeigh sempre gostou de armas. Após deixar a escola, trabalhou como guarda particular. Depois, se alistou no Exército. Serviu em Fort Riley, Kansas, Meio-Oeste do país.
Foi para a Guerra do Golfo, onde obteve promoção para o posto de sargento.
Seus superiores o consideravam "um bom soldado".
McVeigh deixou o Exército em 1992 e começou sua atuação política. Ligou-se a vários grupos de extrema direita nos Estados de Michigan, Arizona, Kansas e Oklahoma.
Suas convicções antigovernamentais se acentuaram após o incidente em Waco, Texas, sul do país, onde 71 pessoas de uma seita religiosa morreram após terem sido cercadas por agentes federais por 52 dias.
Ele foi a Waco para prestar homenagem aos seguidores de David Koresh. A explosão de Oklahoma aconteceu exatos dois anos depois de Koresh ter ordenado a destruição da sede do culto.
(CELS)

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