São Paulo, quarta-feira, 3 de maio de 1995
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PF ignora atividades do piloto na Argentina

DE BUENOS AIRES

A Polícia Federal brasileira não conseguiu investigar nada até agora sobre as atividades de Jorge Bandeira na Argentina e quem lhe deu cobertura para permanecer incógnito por um ano e meio.
O delegado da PF brasileira José Paulo Rubem Rodrigues e o agente Carlos Dornelles estão desde domingo em Buenos Aires sem qualquer pista.
Ambos seguiram Maria de Fátima e Marina Bandeira de Curitiba até Buenos Aires, no último domingo, quando Bandeira foi preso. A prisão do ex-sócio de PC não foi feita sem dificuldades.
O Departamento Central da PF argentina estava cautelosa em relação a Bandeira. Acreditava-se que ele seria irmão ou teria outro tipo de parentesco com o ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Uma das maiores preocupações da PF brasileira está relacionada com possíveis agendas, documentos e disquetes de computador que poderiam estar no apartamento de Bandeira.
Até ontem, a PF argentina afirma que não tinha feito nenhuma busca no imóvel de Bandeira. O diretor da Interpol argentina, Angel Molinari, que isto dependerá de decisão do juiz Roberto Marquevitch.
A PF brasileira reclama da falta de agilidade da PF argentina. Além disto, o delegado Rodrigues e o agente Dornelles não gostaram quando recebaram da PF argentina um automóvel para seguir a mulher e a filha de Bandeira sem rádio ou telefone celular.
As regras argentinas para aluguel de imóveis são rígidas. É exigido fiador mesmo quando o inquilino paga o aluguel adiantado. Nem isto a PF brasileira conseguiu descobrir. Alega que seria uma tarefa da PF argentina.
Não é incomum que Bandeira não tenha conta corrente em bancos argentinos. Isto é proibido por lei. Ele somente poderia abrir uma caderneta de poupança, que é permitido para estrangeiros que não sejam naturalizados.

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