São Paulo, quarta-feira, 3 de maio de 1995 |
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Termina no Rio sequestro de 109 dias
FERNANDA DA ESCÓSSIA; SERGIO TORRES
Família e polícia apresentam versões diferentes para o fim do sequestro. Através do funcionário José Roberto Caetano, da assessoria de imprensa da Queiroz Galvão, a família informou que não houve pagamento de resgate. A polícia diz o contrário. Caetano afirmou que o empresário, ao perceber que estava sozinho no cativeiro, decidiu fugir. Queiroz Galvão teria caminhado por cerca de 2 km por um subúrbio do Rio que não soube identificar, até pegar um táxi para levá-lo para casa, em Ipanema (zona sul). Mesmo mantida afastada das negociações com os sequestradores, a DAS (Divisão Anti-Sequestros), da Polícia Civil, acompanhou o caso. Segundo a Folha apurou junto à DAS, a família teria pago três vezes o resgate. Os dois primeiros pagamentos teriam somado cerca de US$ 1,3 milhão (R$ 1,17 milhão). O valor do terceiro era desconhecido pela DAS até o fim da tarde de ontem. Nos primeiros contatos com a família Queiroz Galvão, conforme as investigações da DAS, a quadrilha de sequestradores pediu US$ 10 milhões (R$ 9 milhões). A forma como ocorreu a captura e a falta de pistas sobre os locais de cativeiro levam a DAS a acreditar que o bando responsável pelo sequestro de Queiroz Galvão seja mais ``profissional" que outros que vêm atuando no Estado. A polícia obteve a informação de que a vítima teria ficado em pelo menos quatro cativeiros diferentes. O porta-voz da família informou que Queiroz Galvão estava ``fisicamente bem, mas muito emocionado". Caetano disse que ele voltou para casa com barba crescida. Segundo o porta-voz, o empresário disse não ter sido maltratado pelos sequestradores, que teriam até comprado os remédios para pressão e coração usados por ele. Caetano disse que o empresário está repousando junto com a mulher Rosa Maria e os quatro filhos em local mantido em sigilo. Texto Anterior: Representação e escrúpulos Próximo Texto: Polícia considera ação ousada Índice |
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