São Paulo, quarta-feira, 3 de maio de 1995
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Gates sonha com PC para todos

MARIJÔ ZILVETI
DA ENVIADA ESPECIAL A MIAMI

Bill Gates, presidente da Microsoft, maior empresa de programas para computadores pessoais, costuma dar conferências a empresários com alguma frequência para convencê-los da importância do uso dos produtos de sua empresa.
Sabe fazer marketing com competência e cativa o público presente a suas palestras.
Na Microsoft Latin American, realizada na última quinta-feira em Miami (EUA), Bill Gates falou para um público estimado em 400 pessoas. Altos executivos, entre eles alguns presidentes de bancos da América Latina, demonstravam como as soluções Microsoft funcionam junto a clientes.
Enquanto faziam propaganda dos produtos da Microsoft, Gates parecia enfastiado. Não prestava atenção ao que seus clientes diziam e fazia gestos, talvez encenados, que pareciam demonstrar preocupação com outros assuntos.
Após a palestra, Gates recebeu 30 jornalistas da América Latina. Leia a seguir trechos da entrevista.

Pergunta: O Brasil usa computadores pessoais em proporções muito menores em relação aos EUA. O senhor tem planos diferenciados de estratégia para o mercado brasileiro?
Bill Gates: Os mercados são diferentes, mas o tipo de máquina deve ser o mesmo. O consumidor quer equipamentos poderosos. Apesar de haver diferenças entre o consumidor norte-americano e o da América Latina, acredito que na área de negócios a estratégia deve continuar sendo a mesma. Não há diferenças substanciais.
Pergunta: O senhor afirmou várias vezes que seu sonho de um computador em cada casa e em cada mesa de escritório está prestes a se tornar realidade. Qual é seu próximo sonho?
Gates: Acredito que nos próximos cinco anos haverá um computador em cada carro, em cada bolso. Mas hoje o que se discute é a capacidade de compartilhar informações pelo mundo todo.
Pergunta: O senhor afirma que o ``Windows 95" vai levar o usuário para a superestrada da informação. Como vai ser feita essa ponte entre países desenvolvidos e os subdesenvolvidos?
Gates: Acredito que qualquer avanço na tecnologia poderá ser usado por países com limitações econômicas.

A jornalista MARIJÔ ZILVETI viajou a Miami a convite da Microsof

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