São Paulo, quarta-feira, 3 de maio de 1995 |
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EUA aceitam 20 mil refugiados cubanos
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Em troca, Cuba receberá como expatriados todos os cidadãos cubanos que a partir de agora forem interceptados pela Guarda Costeira dos EUA tentando atingir a costa norte-americana. Líderes da oposição a Clinton no Congresso criticaram o acordo com veemência: "Como é triste que agora os EUA sejam vistos como cúmplices da repressão de Fidel Castro, disse o senador Jesse Helms. Em agosto do ano passado, Clinton alterou a política de 35 anos do governo dos EUA que aceitava refugiados cubanos como exilados políticos. O presidente ordenou a detenção dos refugiados na base de Guantánamo, mantida pelos EUA em solo cubano, e anunciou diversas vezes que eles jamais seriam admitidos em território americano. Durante meses, Clinton tentou convencer -sem quase nenhum sucesso- outros países a aceitarem os refugiados cubanos, que estavam custando ao governo dos EUA US$ 1 milhão por dia. Um dos motivos para a mudança de atitude de Clinton foi o temor de distúrbios nos campos de Guantánamo. Cerca de 6.000 policiais militares têm mantido a ordem na base. O acordo divulgado ontem também estabelece que os EUA acolherão a cada ano até 20 mil pedidos de emigração feitos por cidadãos cubanos em Cuba. Os refugiados serão levados à Flórida, costa leste dos EUA, à medida de 500 por semana. O governador da Flórida, Lawton Chiles, do partido de Clinton, que se opunha à medida, exigiu o ritmo lento para poder se preparar para a chegada dos refugiados. (CELS) Texto Anterior: 'Penthouse' quer artigo Próximo Texto: Rússia deve apoiar o embargo ao Irã Índice |
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