São Paulo, quinta-feira, 18 de maio de 1995 |
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Câmara tenta obter quórum para petróleo
MARTA SALOMON
A quebra do monopólio do petróleo é considerado o item mais polêmico da reforma econômica. Por isso, além de adiar a votação para junho, a liderança do governo redobrou os cuidados. Um mapeamento diário dos deputados faltosos serve de guia para o trabalho de mobilização. Como há resistências contra a emenda do petróleo até entre os aliados políticos do Planalto, os líderes governistas querem lotar o plenário para evitar o risco de derrota. Durante a votação em segundo turno da emenda que pôs fim à exclusividade das empresas estatais na distribuição do gás canalizado, na terça-feira, 80 dos 513 deputados faltaram. ``Isso não pode se repetir", calcula o deputado Benito Gama (PFL-BA), vice-líder do governo, em meio a telefonemas aos faltosos. ``Vamos tirar gente da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), se for preciso", avisou o líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP). O presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), investe para que o plenário conclua a votação da primeira etapa da reforma constitucional até o dia 14 de julho e dá uma ajuda ao governo. ``Serei inflexível no desconto do salário dos deputados que não comparecerem", disse. A operação para obter a aprovação da emenda do petróleo é reforçada por um dossiê preparado pelo deputado Alberto Goldman (PMDB-SP), que será distribuído aos parlamentares. O documento afirma que a Petrobrás não será extinta com a reforma constitucional, nem privatizada à revelia do Congresso. Texto Anterior: Passa a emenda que abre só a navegação de turismo Próximo Texto: Só MP protege agora as empresas de gás Índice |
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