São Paulo, quinta-feira, 18 de maio de 1995 |
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Protestos aumentam 77%
DA REPORTAGEM LOCAL O ``efeito bumerangue" do calote que agora atinge as indústrias fez crescer 77% em abril (sobre abril de 94) o número de empresas que tiveram títulos seus protestados (exigindo pagamento) em cartórios de todo o país.Foram 522 mil protestos, contra 294 mil em abril de 94, segundo a Serasa, que apura as informações. Paulo Butori, presidente do Sindipeças -representa o setor de autopeças-, disse que a inadimplência dos lojistas no mercado de reposição (que compram 20% da produção) cresceu de ``históricos" 3% para 20% este mês. Em setores como alimentos, higiene e limpeza e demais que vendem produtos de valor unitário baixo, os níveis de inadimplência ainda estão normais -são áreas que praticamente não têm vendas a prazo, onde o calote se concentra. Horácio Piva, da Fiesp, afirma que, a médio e longo prazos, a dimensão do estrago do calote vai depender do comportamento das vendas. ``Se a economia esfriar demais, teremos muitos `mortos' pelo caminho", diz. Passado o Dia das Mães, segundo a Associação Comercial de SP, as vendas à vista caíram 15% e as no crediário 25% -fato que era esperado. Texto Anterior: Onda de calote chega à indústria Próximo Texto: Balanço contestado; Dividendo reduzido; Quem decide; Cultura esquecida; Mesmo com a crise; Madeira de lei; Outro corte; Nuevo mercado; Mingau aumentado; Categoria excluída; Outro padrão Índice |
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