São Paulo, quinta-feira, 18 de maio de 1995 |
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Regina Casé dá um show de conversa mole
ZECA CAMARGO
Regina tem o dom de jogar conversa fora, o que não é um desperdício. Pelo contrário: é precioso ouvir seu Ico (quem? não sei e não tem importância) dizendo que vai ao Morro Ventilador e fica ``apreciando a lua, olhando o panorama pra cidade". É uma delícia ouvir uma Maria Estela Costa duvidar das claras batidas por Regina Casé. Ou acompanhá-las saindo de ônibus para catar namorada para um outro amigo seu do Rio. Fosse feito só com essas pessoas, ``Brasil Legal" seria um veludo. Mas alguém lá na emissora deve ter achado que o programa precisava de uma estrela. Sonia Braga, talvez? Talvez sim. Eu tinha me proposto a escrever sobre ``Brasil Legal" sem mencionar Sonia. Afinal, que importância ela tem diante da cantiga de dona Maria José, do Rio Grande do Norte, por exemplo? Nada. Tentaram fazer Sonia Braga passar por perua. Mas nem o ``velho truque da perua fingindo que é perua" funcionou. E agora chega de Sonia porque isso já é espaço demais para falar de uma das poucas falhas do programa. Aliás, ele tem só mais uma grave: fazer Regina contar literalmente uma piada. Nem isso conseguiu acabar com a graça do show. Legal é pouco para esse Brasil da Regina. O que não pode é alguém começar achar que isso está ``popular" demais para o surrado padrão Global -do qual destoam também (para o bem) os derivados das experiências de vídeo da diretora Sandra Kogut. Curiosamente, o ponto técnico mais fraco do show é a edição de som das sequências com Sonia Braga. Texto Anterior: Dry martíni volta com reacionários chiques Próximo Texto: Bomba! Tô sem gás mas não tô morta! Índice |
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