São Paulo, quinta-feira, 18 de maio de 1995
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Cuzco é a porta de entrada do império

JOÃO BITTAR
DO ENVIADO ESPECIAL AO PERU

Antes da chegada a Cuzco dos espanhóis, Hernando Pizarro e Pedro del Barco, por volta de 1530, a cidade chamada de ``o umbigo do mundo", segundo a visão de Inca Garcilaso -primeiro historiador do Peru- era deslumbrante.
O Templo do Sol (o ``Koricancha") tinha jardins, animais, aves, árvores, frutos e até plantação de milho esculpidos em ouro.
Os espanhóis saquearam os tesouros, violaram as virgens sagradas e construíram suas igrejas em cima dos templos incas.
É essa cidade espanhola sobreposta à capital do Império Inca que podemos conhecer hoje.
Sua catedral, construída entre 1560 e 1650 -quando houve um terremoto- tem estilo barroco renascentista e abriga um importante acervo, proibido de se fotografar.
Ela está na praça de Armas, quase em frente à igreja jesuíta De La Compañia de Jesus.
Em torno da praça, há muitos ambulantes, lojas de artesanato em prata, lã de alpaca, palha, metal, agasalhos e camisetas.
Os restaurantes têm boa comida a preços convidativos. La Retama (onde se janta divinamente por menos de US$ 30), Pucara, LaYunta são os mais interessantes.
Nos arredores, há também cafeteria e uma pizzaria, além da Okukos, danceteria onde os universitários locais dançam ao som de Jorge Ben Jor e Daniela Mercury.
As ruínas de Sacsayhuaman, a 3 km do centro de Cuzco sobre uma colina que domina a cidade, são também visita obrigatória.
Essas ruínas são consideradas uma das mais ambiciosas e majestosas obras incas. Para lá foram deslocadas pedras de até 130 toneladas trazidas de locais a 10 km de distância.
Durante a visita podem aparecer três pastoras com suas llamas para fotos. Elas estendem a mão aos turistas em troca de dois soles.

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