São Paulo, sábado, 20 de maio de 1995 |
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Carne bovina deverá subir menos este ano
CLÁUDIO EUGÊNIO
Sempre na mira dos governos, principalmente no período de entressafra, os preços da carne não devem ter grandes altas neste ano. Está previsto crescimento de 7% na produção e o setor não foi afetado por fatores climáticos do tipo seca e geada como em 94. Para o vice-presidente do Sindipec (sindicato dos pecuaristas), Victor Abou Nehmi Filho, os preços atingiram o ponto mais baixo. ``A safra este ano foi antecipada para dezembro e produção e oferta começaram a aumentar antes do período normal", diz. Com isso, os preços -que geralmente têm sua maior queda em junho- devem começar a subir ainda em maio, atingindo melhores cotações nos próximos dois meses, diz Nehmi. Os donos de frigoríficos não estão tão certos de que o boi parou de cair. Uma geada pode levar os preços para até R$ 20, afirmam. Qualquer problema climático forçaria desova maior de boi, o que não ocorre atualmente porque os pastos estão em boas condições e permitem aos pecuaristas levar seus estoques até a entressafra. No ano passado, segundo dados do Sindipec, o preço do boi chegou a R$ 36,00 a arroba no Estado de São Paulo. A estiagem e a maior procura por carne, devido à estabilidade econômica no Plano Real, contribuíram para a disparada dos preços. Este ano, as previsões indicam que os preços devem alcançar, durante a entressafra, teto que varia de R$ 28,00 a R$ 30,00 a arroba. O Mercosul trouxe maiores facilidades para a importação de carne argentina e uruguaia. Texto Anterior: Bancos limitam concessão de crédito Próximo Texto: Governo vai fixar cotas para produto têxtil Índice |
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