São Paulo, sábado, 27 de maio de 1995 |
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Mudança pode ficar para 96, diz ministro
AZIZ FILHO
Segundo o ministro, o projeto do governo deverá sofrer ``muitos reajustes" no Congresso e deve ser votado entre outubro próximo e março do próximo ano. A avaliação foi feita durante almoço com cerca de 80 empresários na Câmara de Comércio Britânica, no centro do Rio. O ministro admitiu que a oposição ``foi mais rápida" na mobilização da opinião pública e que, por isso, a reforma da Previdência terá ``mais dificuldades" para ser aprovada do que as emendas constitucionais da ordem econômica. Stephanes disse estar ``horrorizado com a cara-de-pau" de políticos que vão à TV falar ``inverdades" sobre o projeto do governo. Segundo o ministro, políticos de todos os partidos concordam com a reforma, mas sofrem pressões de setores que perderiam vantagens, como professores e juízes. Para evitar as pressões, comentou, o governo vai lançar, em julho ou agosto, um campanha publicitária para explicar as mudanças. ``O político não quer ser impopular", afirmou. O ministro disse que um dos itens que deverão ser negociados no Congresso é o tempo de transição do atual para o futuro sistema de aposentadoria. ``Para professoras primárias deve ser uma transição melhor, muito maior do que para magistrados. Elas ganham mal, têm poucas condições de trabalho. É uma questão de justiça social", declarou. Stephanes criticou o corporativismo de funcionários públicos de Brasília, o qual, segundo ele, cria obstáculos à reforma da Previdência. ``Toda a cultura (de Brasília) não é uma cultura adequada para esse tipo de debate, é onde todo corporativismo está sentado", afirmou o ministro, que pediu para a imprensa não divulgar esse comentário sobre os servidores. Texto Anterior: "Esqueçamos pequenas vinganças, pequenos desafios", diz presidente Próximo Texto: Grupo tentará mudar `teles' Índice |
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