São Paulo, sábado, 27 de maio de 1995
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Fipe apura inflação de 2,06% em SP

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A inflação em São Paulo ficou em 2,06% na terceira quadrissemana de maio (período dos últimos 30 dias terminado em 23 de maio), segundo pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Esta taxa -a segunda consecutiva a apresentar queda de preços- é 0,17 ponto percentual menor do que a registrada na segunda quadrissemana do mês.
``A tendência é de queda e maio deve terminar com taxa de inflação ao redor de 2%", diz Heron do Carmo, coordenador do IPC (Índice de Custo de Vida) da Fipe.
A reversão das expectativas da inflação pode ser percebida no próximo instituto. A previsão da Fipe, no início de maio, era de taxa superior a 2,5%.
A menor variação dos preços dos alimentos foi o principal fator de queda do índice. Os gastos com alimentação caíram 0,91% no período. Na quadrissemana anterior, a queda havia sido de 0,22 ponto percentual.
A maior redução aconteceu com os ``in natura", com redução de 6%. Na segunda quadrissemana de maio, estes produtos já haviam tido queda de 3,50%.
Os alimentos semi-elaborados e industrializados tiveram redução de, respectivamente 0,16 e 0,63 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior.
O menor crescimento dos preços do grupo despesas pessoais foi causado pelo fumo e bebida, com redução de 1,82 ponto percentual.
Na outra ponta, pressionaram o índice para cima os gastos com aluguel e vestuário, itens que, juntos, representam cerca de 15% do índice.
Na terceira quadrissemana em relação a segunda, a variação de preços do aluguel passou de 8,19% para 9% e a do vestuário subiu de 6,53% para 7,59%.
Para junho, a previsão da Fipe é de nova queda na taxa de inflação. As causas, diz Heron do Carmo, são que o preço dos alimentos tende a se estabilizar e devem cair os gastos com aluguel, vestuário e mensalidades escolares.
``Estes produtos não devem conseguir manter a atual tendência de alta", diz Heron do Carmo.

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