São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 1995
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Marilyn tem vida e morte contadas em CD-ROM

SÉRGIO AUGUSTO
DA SUCURSAL DO RIO

Breve, em um computador perto de você, Marilyn Monroe. Mais precisamente, em julho, que é quando a Corel lança aqui o CD-ROM ``Bernard of Hollywood's Marilyn".
Por cerca de US$ 80, os fãs da maior deusa loura do cinema poderão ter em casa não apenas sua história resumida, mas também sua imagem e sua voz.
Marilyn, morta em 1962, aos 36 anos de idade, é a personalidade cinematográfica mais biografada de todos os tempos.
Nada mais natural que também fosse a primeira a ter sua trajetória reproduzida em bits e bytes.
Tive acesso a uma cópia de experiência do CD-ROM. Não é um assombro, mas talvez valha o quanto pesa no bolso.
Teria, sem dúvida, mais serventia há alguns anos, quando ainda não havia videocassetes dos filmes de MM disponíveis na praça nem gravações de seus ``hits" musicais para matar a saudade.
Dividido em oito partes, seu defeito mais saliente é o raquitismo das fichas técnicas dos filmes, disponíveis em frequentes janelas. Havia espaço para mais gente e ao menos para os nomes das personagens encarnadas pela atriz.
Não é uma biografia convencional. O próprio título estabelece os seus limites: a Marilyn em foco não é a de Norman Mailer e tantos outros memorialistas, mas a de Bruno Bernard, lendário fotógrafo de Hollywood.
Bernard é tido como o verdadeiro descobridor de Norma Jean, que era como Marilyn Monroe se chamava quando ainda não passava de uma candidata a modelo e starlet.
``Rembrandt dos retratistas", Bernard era um judeu alemão foragido de Hitler que, antes de se estabelecer na Califórnia durante a Segunda Guerra Mundial, passou pelo Rio de Janeiro.
Fotografou quase todas as celebridades do cinema americano do seu tempo. Foi o primeiro a acreditar e a investir na beleza de Marilyn Monroe.

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