São Paulo, sexta-feira, 2 de junho de 1995
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PMDB e PFL lutam pela maioria no Senado

RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A senadora Marluce Pinto, 57, deixou o PTB -legenda pela qual foi eleita- e assinou ficha de filiação ao PMDB, ontem, acirrando a disputa entre este partido e o PFL, para ver quem aumenta mais sua bancada no Senado.
A adesão de Marluce aumentou a diferença em favor do PMDB, que já tinha o maior número de senadores (22) e agora tem 23.
O PFL tem 21 senadores e quer ultrapassar o PMDB para eleger o próximo presidente do Senado. Tradicionalmente, o maior partido da Casa indica o presidente, que também preside o Congresso. O atual é José Sarney (PMDB-AP).
O PFL já conseguiu duas adesões nesta legislatura: Romero Jucá (RR), que era do PPR, e José Bianco (RO), ex-PDT.
O líder do PMDB, Jáder Barbalho (PA), promete mais filiações. Ontem, voltou a sondar o senador Romeu Tuma (SP), que decidiu deixar o PL. Tuma recebeu convite do PFL e do PSDB, mas ainda não se definiu.
Mas o PMDB pode perder o senador Coutinho Jorge (PA), adversário de Barbalho, que negocia seu ingresso no PSDB.
O PSDB também já conseguiu uma adesão no Senado -Lúcio Alcântara (CE), que foi eleito pelo PDT e hoje é tucano- e continua cortejando vários senadores, entre eles, José Roberto Arruda (PP-DF) e Osmar Dias (PP-PR), irmão do ex-governador Álvaro Dias (PP).
As mudanças, por enquanto, favorecem o governo, já que PMDB, PFL e PSDB integram sua base de sustentação.
O quadro no Senado é o seguinte: PMDB: 23 senadores, PFL: 21, PSDB: 11, PPR: 5, PDT: 4, PP: 5, PTB: 4, PT: 5, PSB: 1, PL: 1, PPS: 1.

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