São Paulo, sexta-feira, 2 de junho de 1995
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Inativos custam mais que ativos em abril

LILIANA LAVORATTI; VIVALDO DE SOUSA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os gastos do governo com o pagamento de pensão e aposentadoria aos servidores públicos inativos do Executivo em abril ficaram em R$ 596,5 milhões e superaram as despesas com pessoal da ativa, que ficaram em R$ 590,2 milhões.
As despesas do governo com pessoal civil ativo e inativo foram publicadas ontem no ``Diário Oficial".
Os maiores gastos com pagamento de inativos foram feitos pelos seguintes ministérios: Fazenda (R$ 105 milhões), Saúde (R$ 98,4 milhões) e Previdência e Assistência Social (R$ 94,8 milhões).
Os gastos com aposentadorias e pensões de janeiro a abril somaram R$ 2,188 bilhões.
As despesas com pagamento de inativos do Executivo correspondem a 49% dos gastos com pessoal de janeiro a abril -R$ 4,5 bilhões.
O pagamento dos vencimentos e vantagens fixas dos civis e militares ficou em R$ 2,109 bilhões no período.
A portaria publicada ontem mostra que o Ministério da Educação e do Desporto é o que tem o maior número de servidores na ativa: 164.496 em março.
Em seguida, vem o Ministério da Saúde, com 144.455 servidores na ativa.
O relatório elaborado pelo secretário de Recursos Humanos do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado, Gilberto Guerzoni Filho, mostra que existem 580.035 servidores na ativa e 478.181 inativos.
Com 85.409 inativos, o Ministério da Saúde é o órgão que mais tem servidores aposentados ou pensionistas.
O Ministério da Educação e do Desporto fica em segundo lugar, com 59.369 servidores inativos.
O governo gastou em abril R$ 10,1 milhões com o pagamento de servidores inativos dos Estados do Amapá, Acre, Rondônia e Roraima.
Juntos, esses Estados têm 9.855 servidores inativos e 32.018 na ativa.
A Folha apurou que o Tesouro Nacional estima gastar R$ 13,5 bilhões com o pagamento de aposentadorias e pensões dos servidores públicos, incluindo Executivo, Legislativo e Judiciário.
Outra estimativa, elaborada por técnicos do Ministério da Administração e Reforma do Estado, prevê gastos de R$ 15 bilhões.
Tal previsão leva em conta aumento no número de pedido de aposentadoria devido às propostas de emenda constitucional para reforma da Previdência Social.
(Liliana Lavoratti e Vivaldo de Sousa)

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