São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Importador argentino ataca cota

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A limitação da importação de carros por intermédio do sistema de cotas é ``discriminatório" e estabelece reserva de mercado para as montadoras.
A avaliação é de Sasson Athie, presidente da associação dos importadores de veículos da Argentina. Desde 91 as importações de carros estão limitadas por cotas na Argentina.
A MP (medida provisória) que o governo brasileiro deve enviar ao Congresso nos próximos dias, para conter a importação de veículos, é baseada no modelo argentino.
Athie, que foi eleito ontem presidente da Feliva (Federação Latino-Americana das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), explicou que as importações das marcas sem fábrica na Argentina estão limitadas a 10% da estimativa de produção para o ano.
Em 95 foi estabelecida uma cota de 45 mil veículos para o setor. ``As montadoras instaladas no país, desde que também exportem, podem importar livremente e pagam imposto de apenas 2%", afirma. O imposto para os demais importadores é de 33%.
No ano passado, a Argentina importou 126 mil veículos. As marcas sem fábrica ficaram com 35 mil unidades. As montadoras, com 50 mil. O restante foi importado por pessoas físicas e importadores autônomos, que não estão limitados por cotas.
Para determinar as cotas de cada uma das marcas o governo organiza três leilões por ano: em maio, agosto e outubro.
Não é possível pagar uma alíquota maior de imposto para garantir um aumento de cota. Em maio, das 12 mil cotas oferecidas no leilão, apenas 4.600 foram compradas, por causa da queda das vendas na Argentina.

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