São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 1995
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Venda de gás de cozinha continua irregular

DA REPORTAGEM LOCAL; DA FOLHA SUDESTE

O abastecimento de gás de cozinha em botijões continua irregular na cidade de São Paulo, mesmo depois de 12 dias do fim da greve dos petroleiros.
Motivo: as empresas engarrafadoras não estão recebendo da Petrobrás a quantidade necessária para o consumo, que é de cerca de 150 mil botijões de 13 kg por dia.
Hoje, as empresas estão recebendo apenas 60% desse volume, suficiente para encher 90 mil botijões por dia, segundo Carlos Machado Filho, superintendente de relações institucionais da Ultragaz.
Ontem, as empresas tiveram dificuldades para atender os consumidores. A razão é que na madrugada de terça-feira o bombeamento de gás da Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (litoral paulista), para Utinga (Santo André, na Grande São Paulo), ficou interrompido por cinco horas.
A interrupção ocorreu durante uma ``troca de origem" (quando o envio de gás de navios em Santos é substituído pelo da refinaria), que normalmente demora entre 40 minutos e uma hora, diz Machado.
Ontem, o abastecimento estava ``normal dentro dos 60%", segundo Machado. Assim, amanhã (hoje as empresas vão engarrafar, mas não venderão aos consumidores) a venda à população deverá voltar ao ``normal dos 60%".
Replan
A produção de combustíveis na Replan (Refinaria de Paulínia) foi reduzida em 15% no geral ontem porque as bombas de uma caldeira de vapor pararam de funcionar.
A assessoria de imprensa da refinaria informou que o problema não está ligado à greve. Segundo o assessor, José Cláudio Castoldi, foi um problema técnico que poderia acontecer a qualquer tempo.
O defeito nas bombas aconteceu por volta das 5h de ontem. A produção de gás de cozinha e gasolina foi reduzida à metade, o que significa cerca de mil toneladas de gás e 5 milhões de litros de gasolina.

Colaborou a Folha Sudeste

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