São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 1995 |
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Premiê pede investimento da indústria paulista no Líbano
ANTONIO CARLOS SEIDL
O convite foi feito durante um encontro do primeiro-ministro Hariri com empresários paulistas, ontem, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). ``O Líbano não discrimina capitais financeiros pela sua origem, sejam libaneses, árabes ou brasileiros. Daremos garantia total aos investimentos", afirmou. ``Precisamos de novas empresas, de todos os tamanhos, de todas as atividades, principalmente especializadas em construção civil", acrescentou. Hariri disse esperar, porém, um apoio especial dos empresários da comunidade libanesa no Brasil. Ele lembrou que há cerca de 8 milhões de descendentes de origem libanesa no Brasil. Esse número é duas vezes maior do que a população do Líbano (4 milhões de habitantes). O premiê disse que os investimentos podem ser feitos por meio da criação de empresas, associações com empresas existentes ou com a compra de participações acionárias na Bolsa de Valores. Após 17 anos de guerra civil, quando o país foi praticamente destruído, Hariri quer criar no Líbano um capitalismo moderno. Neste ano, passos nesse sentido foram a inauguração da Bolsa de Valores de Beirute e a redução da burocracia para a abertura de novas empresas. Outra medida para atrair capitais é a decisão do governo libanês de garantir sigilo bancário absoluto. Os empresários brasileiros presentes à reunião na Fiesp ressaltaram a importância de uma carga tributária baixa para a atração de investimentos estrangeiros. Texto Anterior: A volta do fantasma da Cepal Próximo Texto: Grupo brasileiro anuncia negócio de US$ 10 mi Índice |
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